9 Laudas - Um conto sem nome
Um romance bem água com açúcar que se passa no colegial. Uma história bonita e surpreendente. Mas como a autora ainda não nomeou a sua criação... rsrsrsrsrs.
Por Luana Maíra Dias
Lauda 1
Mundo colorido, príncipes e princesas, castelo num reino perdido.
Vivo num mundo, no meu mundo onde já não existem sonhos encantados, a menina já não crê no final feliz ou acha que já não é capaz o príncipe caiu do cavalo a madrasta se mandou com as irmãs megeras só restou à canção que agora toca aqui dentro de mim, deste meu coração.
Era tão simples, era só sofrer um pouquinho e tudo daria certo, mas não foi bem assim, tudo aconteceu, parecia mágico parecia que ia durar para sempre até que ele me ligou e disse:
_ não da mais pra gente se vê, essa é a ultima vez que conversamos.
_ta bom, pode parar por ai Gustavo, porque isso agora?
Ele não me escutou, desligou o telefone na minha cara.
Primeiro dia de aula estava me achando com as minhas amigas agora nos estávamos na oitava serie, tem noção do que é isso?
Esperamos muito por este ano, digamos que era uma serie onde ninguém poderia nos atingir e nem nos chamar de crianças, excerto os nossos pais. Tanta gente nova, tantos garotos, foi quando aconteceu.
_Marcinha me segura que eu acho que vou desmaiar.
Marcinha era minha melhor amiga, loirinha dos olhos negros baixinha, linda todos os meninos morriam de amores por ela, mas ela não queria saber de nenhum. Mas voltando ao que interessa.
_o que foi Bia? Bia, Bia. Menina acorda.
_você viu isso, que garoto lindo que acabou de passar aqui?
_ai ai já vi tudo em menina,este ano promete. Disse Marcinha com aquele ar que até hoje só a vi fazer. Um ar de quem sabe das coisas.
Fomos para a sala, primeiro horário de matemática, um martírio achei que fosse morrer ali, mas não por causa da aula, mas sim de tanto pensar naquele garoto que tinha passado por mim.
Um, dois, três, recreio.
Sai desesperada da sala, até esqueci a pobre da Marcinha lá, um furo terrível logo no primeiro dia de aula, mas depois ela entendeu, foi por uma causa nobre eu tinha que saber que era o novo dono dos meus pensamentos. Eu digo novo porque nunca gostei por muito tempo de alguém, sempre mudava de opinião muito rápido.
Lá estava ele com sua calça jeans, cabelos negros, olhos negros e aquela pele morena, o moreno jambo mais perfeito que os meus olhos já viram. Estava conversando com a Cybele, a irmã de um colega meu, ela era do segundo ano, pensei logo que deviam ser namorados e minhas chances se esvaíram no vendaval que tomou conta do pátio naquele momento. A Marcinha apareceu me dando uns puxões.
_Bia já tocou o sinal, vamos.
Sai dali desgostosa com a vida. Mais uma vez nem se quer olhei pros professores.
Cheguei em casa e me tranquei no quarto, mamãe ficou batendo na porta perguntando se eu não iria almoçar aumentei o volume do som e chorei até dormir.
Quando acordei mais tarde o jantar já estava na mesa, meus olhos inchados, ninguém ousou me perguntar o que havia acontecido. Tomei um suco comi alguns salgadinhos e voltei para o meu quarto, deitei na cama e fiquei pensando como eu tinha sido ridícula, chorar por alguém que nem sabe que eu existo. Mas pensei também que o dia seguinte seria melhor.
Lauda 2
Os dias foram passando, as provas foram chegando e o pior Gustavo não saia da minha cabeça, é descobri o nome dele, ao acaso, lindo nome. Marcinha dizia que se o nome dele fosse Estrôncio ainda assim eu acharia bonito, porque eu estava cega de amor que fosse eu realmente não me importaria.
Descobri também que ele não era namorado da Cybele, mas sim primo. Desde então eu rezava para receber um trabalho em grupo pra convidar o marquinho pra ir fazer na casa dele, vai que o Gustavo estava por lá seria minha chance.
Cheguei em casa super cansada, o dia tinha sido duro no colégio, mas o mais duro estava por vir. Uma gritaria e um choro uma mala na porta, mamãe chorava num canto da sala e papai nervoso passava a mão na cabeça passou por mim como um vulto deu-me um beijo na testa pegou a mala e saiu.
Comecei a chorar, acho até que mais que a mamãe, joguei meus cadernos no chão e corri pros braços dela. Depois de algum tempo levantei segurei-a pela mão coloquei ela na cama, como ela fazia comigo apaguei a luz do quarto e fui me deitar.
Não dormi logo, fiquei pensando no que havia acontecido se papai voltaria, e se não voltasse o que seria daquele momento em diante.
Adormeci.
Cheguei ao colégio, olhos inchados contei tudo que havia acontecido pra Marcinha, quase comecei chorar de novo. O dia foi tranqüilo, cheguei em casa, mamãe tinha deixado o almoço pronto e um bilhetinho na geladeira dizendo que me amava, tinha outras coisa escritas, mas o que realmente interessava ali era eu saber que ela me amava e que sempre me amaria.
Querida filhinha...
Não importa o que aconteça mamãe sempre te amara.
Você é o que há de mais importante neste mundo para mim e para o seu pai.
Beijos
Odete, mãe que te ama.
Almocei, fui pro quarto fiz alguns deveres e liguei pra Marcinha disse que talvez amanha não iria a aula, precisava conversar com a mamãe, saber o que estava acontecendo.
No dia seguinte acordei e fui ate o quarto dela bati na porta.
_sou eu o lobo mal e vim aqui pra te roubar, verdades e resposta.
Ela me disse que papai tinha outra mulher e que já não dava para esconder de mim aquela situação, mas eu disse a ela que não precisava me esconder nada tudo o que eu queria era vê-la feliz e que eu também sempre a amaria.
O telefone tocou, já eram umas nove da noite.
_alô
_Bia você não vai acreditar, hoje a professora de ciências passou um trabalho.
_e você me ligou só pra fala isso Márcia santos.
_calma, o trabalho é em grupo e adivinha com quem vamos fazer?
_oras marcinha eu não sou adivinha...
_poxa vida hoje você amanheceu com a PA virada garota, vamos fazer o trabalho na casa do Marquinho, é sua chance de ver o Gustavo.
_serio, que bom então amanha conversamos, beijo.
Tenho certeza que ela não entendeu o tamanho da minha frieza, mas naquele momento eu não estava com cabeça para as minhas paixões, coisa que logo passou quando o Marquinho falou que o Gustavo morava com ele. Caído dos céus, diretamente para o meu mundo, veio morar em campinas para estudar e logo aqui tão perto de mim, só poderia ser o destino mesmo.
Lauda 3
Quinta feira, ansiosa para a aula acabar logo.
_às três horas lá em casa, estou esperando por vocês.
Disse o Marquinho, palavras que soaram como musica para os meus ouvidos, eu como sempre com um sorriso de orelha a orelha respondi um sim em bom e alto som.
Duas e meia sai de casa, passei na casa da Marcinha e com uma pressa incontrolável sai correndo puxando-a pelos braços. Chegamos.
Que visão!
Fiquei muda por alguns instantes, pois Gustavo foi quem nos recebeu. Lindo, lindo a única palavra que transitava em minha mente, sorridente ele nos olhou e disse com aquela voz doce e sedutora, coisa da minha imaginação a parte sedutora.
_entrem meninas, o Quincas esta esperando por vocês na biblioteca, segunda porta a esquerda.
Desta vez eu que tive que sair puxada pelos braços, claro, não queria me privar daquela visão. Fizemos o trabalho, certamente com vários desvios de pensamento, mas terminamos logo para a minha tristeza e alegria da minha amiga que já não suportava a minha cara de boba apaixonada, palavras ditas por ela.
_ate logo meninas, nos vemos na escola amanha.
Tive que me segurar, esse ate logo mecheu mais uma vez com todos os meus sentidos, e o beijo, ah que beijo na bochecha. Cheguei em casa, corri para o meu diário e escrevi todas as sensações que senti naquela tarde.
Férias, não acredito!
Parecia que me cortava a vida pela raiz, um mês sem ver o Guga eu não sei se suportaria. Arrumei as malas com um pesar enorme, estava indo para o Solar da vovó, ela havia ligado convidando a mim e a Marcinha pra irmos passar as férias por lá.
_pelo menos lá tem o Clube da mata, vamos poder ficar o dia inteiro na beira da piscina, aliviando esse calor da cidade.
_calma Bia não vai ser tão ruim, vamos nos divertir como sempre, muitos dos nossos colegas vão passar as férias no Clube. Vai ser legal.
Chegamos. No primeiro dia tudo muito calmo sem muitas pessoas, pegamos um sol e voltamos para o Solar atardezinha.
Mas no dia seguinte, para minha supresa quando cheguei ao clube Gustavo estava sentado a beira da piscina e ao me ver acenou e fez um gesto me chamando. Meu coração disparou, andei como se estivesse desfilando em uma passarela, e para minha infelicidade uma bola vinda não sei de onde bateu em minha cabeça e só me lembro que acordei na enfermaria do clube com a Marcinha e o Guga me olhando e o pior morrendo de rir. Levantei-me muito sem jeito e o Guga me segurou a mão e disse.
_posso te ajudar Bela Adormecida. Que sorriso, flutuei acho que bati com a cabeça novamente ou algo muito parecido, segurei na mão dele e saímos daquele lugar nada romântico. Realmente aquele não era o lugar que eu havia imaginado esta com meu príncipe.
Sentamos na beira da piscina e ficamos conversando por horas.
_então Bela Adormecida você sempre passa as férias aqui.
_é.
_você sempre estudou lá no colégio?
_sim.
_você é sempre assim, responde as pessoas com monossílabas.
Lauda 4
Foi ai que me toquei, e me desesperei que papel ridículo, eu estava viajando na sua imagem.
_ah me desculpa Guga é que o efeito da bolada ainda esta passando.
Ele sorriu, nem preciso dizer mais nada.
_eu sempre estudei no colégio, gosto muito de lá e quanto as férias minha avó sempre me liga me chamando pra vir para o Solar, ficar uma semana ou duas aqui com ela. E você quanto tempo vai ficar aqui no clube? Esta gostando do colégio?
_calminha menina, agora acho que o efeito da bolada passou. É acho que vou ficar aqui o resto das férias, os ares do campo me fazem bem. O colégio ate agora eu não tenho nada a reclamar, to curtindo.
_você tem namorada?
_...
_não, to aqui estudando, nada de garotas por enquanto.
Nesse momento um balde de água fria escorreu sobre mim, ai eu pensei será que ele ta tirando minhas chances ou sei lá.
_e você tem namorado?
_não.
_voltando às monossílabas?
_nossa nem vi o passar das horas tenho que ir, vamos Marcinha! Agente se vê por ai Guga, foi um prazer.
Ele me olhou com uma cara assustada, de quem não esta entendendo nada e disse:
_tudo bem, ate mais.
Chegando em casa tomei um banho e fui jantar, Marcinha me olhava com uma cara de interrogação como se esperasse que eu começasse a tagarelar contando toda a minha conversa com o Guga, mas desta vez não meus pensamentos estavam vagos só lembravam daquela resposta fria do Guga quanto à garotas.
Mais tarde no quarto contei para ela porque estava tão pensativa e ela me disse que era coisa da minha cabecinha fértil e que eu tinha que ir mais devagar.
Os dias foram passando e eu e o Guga ficávamos mais próximos, liguei pra mamãe e disse que só iria voltar no fim das férias. Ela nem questionou, talvez estivesse precisando ficar sozinha depois de tantos problemas.
Uma festa, minha oportunidade. No sábado a Antonela iria fazer uma festinha para comemorar o seu aniversario, comuniquei a vovó.
_pode ir, mas vocês cheguem ao maximo a meia noite.
Nem acreditei de Bela Adormecida para Cinderela.
_vou fazer o possível vovó.
Sai correndo sem nem esperar uma resposta.
Sábado acordei bem cedinho nem fui ao clube, a noite chegou eu e Marcinha estávamos prontíssimas.
Guga estava dançando com uma garota fato que não me agradou, mas logo que me viu me convidou para dançar e passou o resto da noite ao meu lado, conversamos muito e rimos juntos meia noite, disse a ele que tinha que ir embora me despedi e pra minha surpresa ele me beijou na boca o mundo parou a musica as pessoas já não ouviam nada excerto o som de alguns sininhos no fundo do meu inconsciente. Dormir, dormir como nunca sonhei com flores, anjos, paraíso e Guga.
Só nos restava uma semana, que passou voando.
Chegamos em casa na segunda de manha, não tive animo de ir para o colégio, dormir muito, quase o dia todo e depois a única coisa que vinha na minha cabeça era o que seria daqui pra frente, como as coisas ficariam entre Gustavo e eu.
Lauda 5
Terça no colégio agente nem se falou direito, apenas um oi e um beijinho no rosto. Que decepção!
Mais na hora de ir embora ele me acompanhou ate em casa, conversamos sobre futebol, garotas e garotos, amigos, tantas coisas e a cada palavra eu me apaixonava mais, e sempre tentando impressioná-lo.
_tchau lindinha, ate amanha!
_...
_ate mais Guga!
Lauda 6
O fim do ano estava chegando e as provas já não me deixavam ver o Guga, eu tinha que estudar muito porque estava com dificuldade em algumas matérias.
Mas uma semana tudo parou, percebi que ele não estava indo no colégio, logo na semana de provas era muito estranho, perguntei o Marquinho e ele me disse que o Guga estava com alguns problemas familiares que eu não o procurasse por esses dias.
Fiquei pensativa o resto da semana e do mês, pois o Guga só voltou às aulas no mês de setembro. Ele estava diferente, algo nele havia mudado, mas não quis me arriscar perguntando, se ele quisesse falar deveria partir dele e não da minha curiosidade.
Outro dia, estava sentada na porta de casa e ele me apareceu de repente, sentou ao meu lado e ficou lá falando da vida de coisas que sinceramente eu não estava entendendo, mas prestei muita atenção, depois se levantou me deu um beijo bem demorado e foi embora. Entrei pela portaria com um sorriso enorme nos lábios entrando em casa fui direto pro telefone e liguei pra Marcinha, ficamos muito tempo ao telefone contei tudo o que tinha acontecido e falei também de como ele estava esquisito.
O tempo passou e as coisas foram voltando ao normal, agora eu e o Guga éramos quase namorados, esse quase que me matava. Mas ele era especial me levava em casa, quase sempre saiamos juntos me divertia muito ao lado dele.
Na semana dos professores fomos novamente para o Solar da vovó e ele para o clube foi legal, só que as vezes ele ficava distante, muito pensativo de poucas palavras. E se eu perguntava o que era ele dizia:
_nada, nada.
Lauda 7
Em fim a ultima semana de aula, e o Guga não apareceu, nem o Marquinho isso sim foi muito estranho, então fui ver se achava a Cybele e ela também não havia ido à aula.
Cheguei em casa e estava deitada quando o telefone tocou atendi e para minha surpresa era o Guga, eu toda empolgada fui perguntar o porque dele não ter ido a aula e ele me cortou dizendo:
_ não da mais pra gente se vê, essa é a ultima vez que conversamos.
_ta bom, pode parar por ai Gustavo, porque isso agora?
E a única coisa que escutei depois disso foi o tuntuntu do telefone.
Pensei e chorei muito a noite toda, ainda bem que agora já estávamos de férias porque no dia seguinte meus olhos amanheceram tão inchados que se o pessoal do colégio visse achariam que eu tinha apanhado em casa.
O pior aconteceu depois de três dias, resolvi ir ate a casa do Marquinho conversar com o Guga, chegando lá muita gente um tumulto na porta, uma ambulância chegou junto comigo uma mulher chorava desesperada dizendo:
_meu filhinho, não...
De repente a Cybele saiu da casa eu senti um aperto no peito, perguntei a ela o que estava acontecendo e ela me olhou com os olhos cheios de água e me disse:
_o Guga, ele morreu.
Um silencio tomou conta de mim, mais uma vez eu flutuava, agora eu sentia uma dor inesplicavel, parecia que tinham me roubado o chão. Agora eu já não flutuava e sim caia num abismo, num buraco escuro sem fim.
Lauda 8
Mamãe e Marcinha chegaram e começaram a me abraçar eu pedia para que elas me deixassem eu queria entrar naquela casa e ver o Guga eu poderia acorda-lo eu sei que poderia.
Ele tinha leucemia havia descoberto a doença há muito tempo e já não conseguia conviver com ela, o medico havia dito que já tinha um tempo estimado de vida, mas que ele morreria logo, então ele preferiu acabar logo com isso e se matou, deu um tiro na cabeça.
Gustavo nunca mais, acabou pra sempre.
Para sempre.
Eu tentava me soltar dos braços que me agarravam mais eu não conseguia, mas não foi preciso que eu entrasse ele estava saindo numa maca, agora carregado por homens vestidos de branco e eu insistia em ver tudo negro, consegui me soltar e corri ao encontro dele como se ele estivesse de olhos abertos me esperando com aquele sorriso com os cabelos ao vento e a pele moreno jambo o moreno jambo mais lindo que eu já vi em minha vida. Mas não ele estava inerte, frio totalmente sem forças, já não me olhava seus olhinhos fechados, mais eu o abracei e o beijei pelo ultimo instante e chorei.
Mamãe me tirou dali, me levou pra casa. Cai na cama e chorei ate adormecer, no outro dia acordei com o desejo de que tudo tivesse sido um sonho ruim, mas não foi nem sai do quarto fiquei lá quietinha pedindo implorando para que o Guga viesse me buscar.
Foi assim por dias, eu já não sorria havia me transformado em um robô papai veio me visitar quase chorou quando eu disse que agora eu vivia apenas esperando a minha morte. Ele ficou por horas conversando com mamãe, eu vi que falavam de mim tentavam achar uma solução algo que me fizesse voltar a ser quem eu era, mas não só o Guga seria capaz de me trazer de volta.
Marcinha me telefonava e eu não queria atendê-la. Um dia a campainha tocou, era o Marquinho ele entregou uma caixa para minha mãe e pediu que me entregasse que eram coisas que o Guga tinha deixado pra mim e ele só havia achado agora.
Era uma fita com uma musica linda cantada pelo Guga, e o refrão dizia assim:
_”quando eu for lembre-se de mim sempre que puder, mas continue a viver por mim por nós...”.
E eu chorei ainda mais quando vi a carta que ele me escreveu.
Meu amor
Quando estiver lendo esta carta eu já terei ido embora, embora pra eternidade onde nenhum medico ou doença ira me dizer quando devo morrer. Não se desespere, não sofra demais nem deixe que esse seu rosto de anjo crie marcas de lagrimas porque agora eu sou eterno e estarei te esperando aqui pra sempre.
Saiba que desde a primeira vez que a vi me apaixonei, mas não me aproximei por medo de partir e te fazer sofrer, mas se tornou inevitável minha menina.
Te amo e sempre te amarei nessa e em outras vidas.
Levo comigo a lembrança do teu sorriso e o gosto dos teus beijos. E te peço um favor não deixe de viver sua vida por mim, o que mais quero é que seja feliz.
A musica que esta na fita eu fiz pra você siga ela.
Adeus, Gustavo.
Lauda 9
Segunda semana de férias mamãe chegou com uma noticia que me tirou do serio.
_você vai para a casa de praia da sua tia vitória ela ficara lá durante as férias e vai estar te esperando.
_como assim eu vou, ela esta me esperando, eu não vou a lugar algum. Será que ninguém respeita uma viúva, tenho sentimentos e estou de luto.
Mamãe rio de mim e disse em tom forte.
_ vá arrumar suas malas, amanha cedo seu pai ira te levar.
Olhei bem nos olhos dela, com tanta raiva fechei a cara entrei pro quarto e bati a porta.
Querida Marcinha...
Como vão as coisas por ai?
As festas, os garotos em menina.!
Eu estou com tantas saudades, já vai fazer dois meses que estou aqui em Búzios. Hoje vejo como a mamãe tinha razão em querer que eu fizessse essa viajem, ela me fez muito bem, estou com novos ânimos, totalmente revigorada!
É menina pode acreditar provavelmente você nem me reconhecera pintei meu cabelo e cortei também, uma nova Beatriz nasceu aqui, com novas esperanças e perspectivas. A vida é cheia de surpresas e tudo tem a finalidade de nos ensinar mais coisas, eu aprendi a amar com o Guga, mas sei também que nem tudo que amamos pode ser nosso para sempre é preciso saber deixa-los partir.
Ah, agora a gatissima aqui esta pronta para outra, inclusive vi passar pelo condomínio um gato de olhos azuis, qualquer ataque da Bia será mera coincidência.
Agora com pesar me despeço da minha amiga amada, mas em breve estaremos juntas novamente para outras aventuras e desventuras.
Beijos
Bia a mais linda de todas!
I love you!
Búzios 11/02/2002
Fim.
Luana Maíra Dias